O empreendedor que possui o seu negócio, e por mais que objetive aumentar os seus lucros não pode desconsiderar, em hipótese alguma, as despesas que o seu empreendimento gera. Ter o controle delas é fundamental para a organização e saúde financeira do seu negócio.
Em outras palavras, é vital que o empreendedor tome conta do coração de sua empresa que é o setor financeiro, e saiba o que entra e o que sai, caso contrário perderá o controle e poderá adquirir problemas como o temível endividamento.
Em um exemplo simples, o controle financeiro de um empreendimento assemelha-se a um cartão de crédito que se não souber usar, o seu limite será estourado, taxas extras serão cobradas e isso poderá te levar facilmente a problemas de endividamento e até restrição de crédito.
Veja a seguir quais são os tipos de despesas comuns em empresas e as dicas para se realizar os seus cálculos e controle financeiro.
Se você fez algum curso de Empreendedorismo ou Educação Financeira deve ter aprendido que para se abrir um negócio, fazer algum investimento ou mesmo aumentar sua poupança deve eliminar gastos desnecessários, para manter somente os essenciais, ou seja, aqueles que são inevitáveis. É comum dizer que se “deve cortar o cafezinho” que no final faz diferença no seu bolso.
Em um negócio não é diferente, dessa forma você deve trabalhar de modo que a empresa gaste menos e lucre mais, para aumentar o seu capital e consequentemente ganhar expansão. Todavia, todos possuem gastos que são assim reconhecidos:
Custos do serviço: Refere-se aos gastos necessários para a aquisição de materiais importantes para a realização do serviço. Neste caso, tem-se como exemplo, maquinários, matéria prima, papel, acessórios e utensílios específicos para a realização da tarefa contratada, entre outros.
Despesas variáveis: Como o próprio nome sugere são as despesas que variam conforme a quantidade de serviços vendida e o custo para realizar a entrega para os clientes. Nesse cálculo, deve ser levado em consideração ainda as comissões sobre as vendas, descontos e promoções realizadas, bem como os impostos cobrados sobre as vendas.
Despesas fixas: Ao contrário do modelo anterior são aquelas conhecidas e que se tornam previsíveis, uma vez que não sofrem alteração ou variação, independente do volume de produção e de vendas realizadas. Como exemplos tem-se o aluguel do local da empresa, os salários dos funcionários, contas de água, luz, telefone e internet, honorários pagos ao contador ou outro profissional, seguros e taxas.
Agora que você conhece os custos de sua empresa é importante que leve em consideração os seguintes indicadores que são necessários para a realização de uma boa gestão financeira.
É o mesmo que o valor médio das vendas ou serviços realizados, cujo valor médio é calculado da seguinte forma:
TM = F/VT
Sendo que
TM: Ticket Médio
F: Faturamento
VT: Número de vendas totais
O cálculo do Ticket Médio te auxilia a compreender rapidamente se o seu negócio comercializa mais serviços de maior ou de menor valor.
Neste modelo você conseguirá saber precisamente quanto do lucro obtido nas vendas poderá cobrir todos os custos e despesas fixas. O cálculo é feito da seguinte maneira:
MC = F – (CV + DV)
Sendo que
MC: Margem de Contribuição
F: Faturamento
CV: Custos Variáveis
DV: Despesas Variáveis
Através deste cálculo é possível realizar o planejamento da sua empresa para as futuras tomadas de decisões.
É também conhecido como o “Ponto Crítico de Vendas” e se refere ao montante necessário de vendas e serviços realizados que cubram todos os custos e despesas, de modo que o seu negócio não sofra prejuízo. O cálculo deve ser realizado da seguinte forma:
PE = CDF/IMC
Sendo que
PE: Ponto de Equilíbrio
CDF: Custos e Despesas Fixas
IMC: Índice da Margem de Contribuição
Através do PE você saberá qual é a quantidade mínima que será necessária vender, para não sofrer prejuízo e definir novas metas relevantes de vendas.
É uma espécie de indicador que apresenta o poder de ganho da empresa através da comparação do seu lucro líquido com o seu faturamento total. E o cálculo é feito da seguinte forma:
L= (LL/F) x 100
Sendo que
L: Lucratividade
LL: Lucro Líquido
F: Faturamento
Com a Lucratividade é possível perceber se as vendas realizadas são suficientes para cobrir as despesas do negócio e gerar o lucro. Sendo assim, com o resultado em porcentagem fica mais fácil realizar comparações com outras empresas.
É um termo inglês (Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization) que ao ser traduzido para o português é o mesmo que “Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”. O cálculo é assim feito:
EBITDA = LO + D + A
Sendo que
LO: Lucro Operacional
D: Depreciações
A: Amortizações
Com este cálculo é possível analisar o processo de geração de valor da empresa e compara-la com outras.
Conhecendo quais são as despesas variáveis e as fixas, ao mesmo tempo em que se analisa o resultado dos cálculos apresentados neste artigo, você conseguirá observar de forma clara quais são os reais valores de seus serviços e também saberá o quanto deverá repassar para o seu cliente para cobrir as despesas operacionais das tarefas realizadas.
É claro que se a despesa for maior do que o lucro obtido nas negociações, o seu saldo será negativo, tendo em vista que você está gastando mais e ganhando menos – o que é perigoso para a manutenção da empresa com valores competitivos no mercado.
Assim sendo, se você não conseguir diminuir as despesas acabará repassando para o cliente um valor mais elevado para cobrir parte de suas despesas e quando o processo é o inverso, ou seja, os custos são menores e o lucro maior você poderá até diminuir no valor final para o cliente ou fazer promoções.
Agora que você chegou ao fim de mais um artigo percebeu que é essencial para o empreendedor acompanhar cada passo e detalhe que faz parte do setor financeiro da empresa. E para manter o controle anote tudo ou monte uma planilha no Excel para facilitar o acompanhamento e suas posteriores análises. Bom trabalho!
Espero que este artigo tenha te ajudado. Aproveite e o compartilhe com seus sócios, amigos e parceiros.
Esse foi um artigo publicado em parceria com o ApoioEmpresário.
Fique ligado no nosso blog para ler mais dicas como essa!