O capital de giro é um dos termos mais comentados entre empreendedores e administradores. Uma vez que se refere aos recursos financeiros necessários que um empreendimento precisa ter, para manter o negócio funcionando regularmente.
Especificamente, no mundo dos negócios os recursos ou capital são extremamente necessários. Pois sem ele não se consegue começar bem e nem manter uma empresa no mercado. O capital de giro é também conhecido como capital próprio e representa de certa forma um custo para o empreendedor. Uma vez que ele precisa colocar ou investir o seu dinheiro para que um projeto saia do papel e se torne realidade.
Neste artigo você encontrará as principais definições do capital de giro, como se deve realizar o seu cálculo e quais são os procedimentos corretos e seguros para garantir a saúde financeira de sua empresa.
O Capital de Giro é também chamado de Giro Flutuante e ele pode ser compreendido da seguinte forma: o movimento de recursos financeiros necessários para que seja efetivada a continuidade das operações de uma empresa.
De acordo com a autora Yumara Lúcia Vasconcelos em seu livro “Planejamento Financeiro” (lançado em 2008 pela editora IESDE), o conceito de capital de giro relaciona-se diretamente ao capital de trabalho da corporação, o que na Contabilidade é chamado de Ativo Circulante.
Por ora, tanto o termo “giro” quanto “circulante” são bem próximos e se referem ao movimento em que o capital realiza, ou seja, envolve a entrada e saída de valores no ambiente corporativo. Tanto Vasconcelos como outros especialistas no assunto são enfáticos ao dizer que é muito comum entre os empresários inexperientes não se atentarem ao capital de giro, mas se voltam inteiramente a aquisições de maquinários ou ativos imobilizados, dentre os quais se podem incluir os móveis.
Em outras palavras, se o empreendedor não se preocupar devidamente com o capital de giro ele poderá se deparar com os piores quadros que são: a insolvência e a descontinuidade de seu empreendimento.
Esta é uma dúvida frequente entre empreendedores que desejam começar bem os seus negócios. Por outro lado, existem aqueles que acreditam que se deve preocupar com o capital de giro somente no processo de abertura da empresa, o que representa um ledo engano – o capital acompanha a corporação durante todo o seu desenvolvimento.
Em primeiro lugar, você deve pensar o seu negócio. Ele será totalmente físico ou funcionará apenas virtualmente? Você precisará de estoque, equipamentos ou máquinas e em caso positivo quais serão as respectivas quantidades? Será preciso solicitar um financiamento para
adquirir estes itens? Precisará de funcionários? E não menos importante, qual será a sua despesa mensal?
Após ter respondido a estas questões você deverá calcular o valor necessário para um período de aproximadamente 24 meses (a mais ou a menos dependendo do tipo do seu negócio).
Alguns bancos e o Governo Federal possuem programas de incentivo ao crédito, como o “PROGER Urbano – Capital de Giro”, instituído pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).
Através dele você pode obter um financiamento de aproximadamente R$ 200 mil com prazo e as seguintes condições: Começará a pagar após 6 meses e terá como prazo de quitação o período máximo de 48 meses. Mas para isso, o empreendedor deverá atender algumas exigências como, por exemplo, manter os postos de trabalho por pelo menos 12 meses e se tiver mais de 10 funcionários deverá contratar um menor aprendiz no máximo até 6 meses. Para saber dados atualizados, acesse o site do Banco do Brasil.
Segundo Nildo Leão em seu livro “Custos e orçamentos na prestação de serviços” uma empresa que atua no mercado como prestadora de serviços precisa ter o capital de giro para honrar os gastos antecipados, para o cumprimento de suas tarefas como, por exemplo, a utilização de mão de obra e combustível.
Deste modo, para fazer o cálculo do seu capital de giro você deve levar em consideração o seguinte: você realiza muitas vendas a prazo? Quanto maior for o número de negociações realizadas neste modelo, maiores serão os recursos necessários para que sua empresa arque com as contas.
Observe o seu estoque, há necessidade de modificações ou reposições? E o caixa da empresa, quanto você dispõe? Da mesma forma quanto você possui de saldo na conta corrente da empresa?
De posse desses dados passemos para o cálculo propriamente dito, o qual é bem simples. Para conhecer o valor do seu capital de giro líquido (CGL) é só empregar a seguinte fórmula:
CGL = AC – PC
Sendo que
AC: É o mesmo que “Ativo Circulante”, cujos valores integrantes são: contas a receber, bancos, caixa e aplicações financeiras entre outros;
PC: É o mesmo que “Passivo Circulante” e que tem como valores correspondentes os empréstimos, os fornecedores e as contas a pagar, entre outros.
E, com a realização periódica desta conta você conseguirá facilmente avaliar o momento atual em que vive o seu empreendimento e as consequentes tomadas de decisões realizadas, ou seja, terá plenas condições de acompanhar de perto a evolução de sua empresa.
Para quem deseja que o seu negócio se desenvolva precisa se envolver com o chamado ciclo operacional que nada mais é do que a movimentação dos recursos que envolvem desde a compra dos produtos até o recebimento das vendas realizadas passando pelo período de estocagem, ou seja, são todos os acontecimentos da empresa.
Para ter o controle do seu capital de giro crie uma planilha no Excel e anote todos os valores e quantidades de produtos recebidos, estocados e comercializados. Seja rigoroso a este detalhe. E quando realizar uma venda incentive o seu cliente a pagar a vista e dê um desconto como incentivo para que assim possa aumentar o seu controle financeiro.
Como você percebeu, o capital de giro é essencial para o desenvolvimento da empresa e através dele se pode gerar um caixa positivo. Deste modo, anote tudo e faça análises periódicas para ter o controle necessário do seu negócio. Boa sorte!
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http://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/empresas/produtos-e-servicos/credito/obter-capital-de-giro/proger-urbano-capital-de-giro#/
LEÃO, Nildo Silva. Custos e orçamentos na prestação de serviços. Ed. Renovada. São Paulo: Nobel, 2004
VASCONCELOS, Yumara Lúcia. Planejamento Financeiro. Curitiba: IESDE, 2008
Esse foi um artigo publicado em parceria com o ApoioEmpresário.
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